quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Não tenho mais coração,não mais creio no amor e estou longe daquilo que já fui..
E mais distante ainda daquilo que um dia sonhei ser.
Agora, não mais me reconheço,nem quero julgar se mereço , a tragédia que sobre mim recai, sei somente que há uma pedra que quase pulsa dentro de mim, um bloco de gelo e mármore, de aço maciço inoxidável,sofrido, inumano, empedernido,intangível e intocável,mas que ainda urra de dor.
Recheado de ódio através do qual o sangue, em vão inacessível,teima em tentar passar.
Hoje andei pelas ruas como uma bêbada,desesperada e sem rumo.
Os olhos repletos de lágrimas, e para não demonstrar fraqueza eu me esforcei para que não escorressem constrangedoramente pelas faces. Quando, em verdade eu somente queria gritar a todo pulmão:
– Por favor, me ajudem,preciso de um amigo,uma palavra.
Mas eu estava só em meio a milhares de pessoas e para não parecer um louca, engoli meu choro e me agarrei ainda mais à minha solidão.

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